Vamos falar sobre a raiva?
Se pensarmos na origem da raiva, podemos observar que ela aparece, na maioria das vezes, quando percebemos que estamos em perigo, ou seja, nos sentimos vulneráveis perante alguma situação.
Esse sentimento é avaliado pelo senso comum como algo extremamente negativo. Porém ao contrário de outros sentimentos também definidos dessa forma, como a tristeza, a raiva contém energia, e podemos também usa-la para sair daquele lugar em que não desejamos estar.
Porque é difícil lidar com a Raiva?
A grande dificuldade em usar esse sentimento como combustível aparece quando nos deparamos com uma das suas principais caraterísticas: ela bloqueia o processo de pensar. Quando sinto raiva esqueço totalmente do meu objetivo, “porque estou ali e o que quero conseguir”.
E assim, a demonstro agredindo aquele que me colocou em perigo. Foi usada então, como forma de poder e controle, com a intenção de fazer mal, constranger e rebaixar o outro.
Aprendendo a lidar com a raiva:
Aprendemos desde crianças a lidar com a raiva, assim como tantas outras emoções. Em algumas famílias, ela pode ser ensinada de forma construtiva. Os familiares a expressam, quando precisam, mas se alguém é injusto fazem as pazes e pedem desculpas. Em outras casas, pode ser tratada como algo proibido e ruim. Ainda existem um outro tipo de família que só responde através dela.
Um membro que nasce nesse segundo tipo de família, em que aprende que a raiva é algo ruim, geralmente nega estar irritado, mas age de maneira hostil. É uma forma oculta de demonstrar a raiva. Este membro pode ser ajudado, até mesmo na fase adulta, conhecendo e aprendendo que há um outro lado, uma demonstração construtiva desse sentimento.
Aprender novas habilidades com certeza ajudará. No entanto, esse treinamento requer disponibilidade, uma abertura a novas formas de pensar e agir diferente do que aprendemos desde pequenos. Se a maneira que agi até hoje não está funcionando, por que não mudar? Depois que tomamos consciência que tudo é consequência do que vivemos e aprendemos, temos liberdade para escolher nossa própria crença. Não só diante da raiva, mas nos tornamos livres para qualquer escolha em nossa vida.
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