Meu filho entrou na adolescência, e agora?!
Sabemos que o período da adolescência pode ser bastante complicado e as dúvidas e angústias retratadas pelos pais são frequentes e naturais, fazendo parte desse processo repleto de oscilações, descobertas e mudanças.
Segundo Tiba (2006, p. 16), “A criança não nasce psicologicamente pronta. Embora traga nos genes heranças das famílias paterna e materna, ela precisa de afeto e de carinho dos pais para se desenvolver”. A fase da adolescência (segundo a Organização Mundial da Saúde), compreende em média a faixa etária de 10 a 19 anos e é marcada por transformações comportamentais, biológicas, hormonais, cognitivas e emocionais, que refletem diretamente na forma de agir do adolescente com a família e a sociedade.
Os pais nunca estão completamente preparados para educar os filhos e, para que possamos chegar a algumas orientações, precisamos, antes de tudo, conhecer a fase da adolescência, ou seja, de que forma aspectos cognitivos, biológicos e emocionais influenciam os comportamentos dos adolescentes. Sendo assim, muitas atitudes que antes poderiam ser vistas como um desvio ou problema sério, acabam sendo fatores da própria fase em que estão, e passam a ser encarados de uma forma mais tranquila. Adquiram informações de qualidade em livros, revistas, pesquisas na internet, conversas com outros pais e profissionais da área de saúde e educação. Quando nos informamos, ampliamos nossos horizontes e nos sentimos mais confortáveis para lidarmos com as dificuldades que surgem durante a vida.
Outro aspecto importante é a atenção dada aos filhos, pois nada mais gratificante para um ser humano do que se sentir valorizado e apreciado. Quando demonstramos interesse genuíno sobre a vida dos filhos, permitimos que eles se aproximem.
Vale a oportunidade para ouvir sobre suas metas, sentimentos, pensamentos, valores, etc. Incentivem e apoiem seus filhos, sem pressioná-los, e permitam que desenvolvam sua iniciativa e autonomia, contribuam para o seu desenvolvimento pessoal e social, estejam presentes orientando e cuidando. Não se esqueçam de incluir elogios verdadeiros frente a seus pequenos ou grandes progressos em qualquer aspecto de suas vidas.
Em relação ao estabelecimento de regras e limites, a consistência é fundamental, no entanto, estejam abertos a possíveis negociações. Através de conversas o adolescente é ensinado a questionar e a lidar com suas insatisfações, ele também pode aprender que, por meio do diálogo, pode atingir seus objetivos.
Desenvolvam a escuta e sejam bons ouvintes
Estejam receptivos para conversas sem grandes ensinamentos. Geralmente, os pais quando se aproximam dos filhos ou quando são procurados por eles, estão prontos para ensinar algo. Uma boa forma de melhorar a comunicação com os adolescentes é deixar que o diálogo evolua de forma agradável, deixando que conselhos sejam colocados quando forem pedidos. Deem espaço para que expressem seus sentimentos, sem a necessidade de dizer o que devem ou não fazer. Muitas vezes os adolescentes só esperam se sentir amparados e compreendidos. Um sorriso, um abraço ou um toque podem ser valiosas demonstrações de carinho e fazem com que se sintam à vontade para conversarem com seus pais.
Não se esqueçam de que o senso de humor pode melhorar muitas situações desagradáveis e amenizar os conflitos. Tenham em mente que podem encarar as dificuldades e a fase da adolescência com mais leveza.
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Daniele Dornelles é psicóloga, Gestalt- Terapeuta, e Orientadora Profissional. Realiza atendimentos individuais, a crianças, adolescentes e adultos. É terapeuta de Grupo, Casal e Família e Orientadora Profissional. Atende no Largo do Machado, Rio de Janeiro, RJ.
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REFERÊNCIAS (sugestões de leitura):
COSTA, Antonio Carlos Gomes da. Pais, adolescentes, escola e vida, Dicas para os pais favorecerem o sucesso dos seus filhos adolescentes na sala de aula e na vida. Segunda Edição. São Paulo: Fundação Otacílio Coser, 2012. Disponível em: http://www.foco.org.br/_midias/pdf/2013/05/13/rede_escolai_adoles_pais_escola_vida-637-51905e3e7da75.pdf.
TIBA, Içami. Seja feliz meu filho. São Paulo: Integrare editora, 2006.
WEBER, Lidia. Eduque com carinho. Curitiba: Juruá, 2007.